quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Disseram...

que não existia.
Não ouvi.
Consegui ultrapassar barreiras, deitar a língua de fora.
Não ouvi.
Mandei manguitos para o ar e gritei: "quem lhes dera encontrar o que um dia em mim sorriu!".
Não ouvi.
Convencida como quem sabe tudo ou que nada é relevante o suficiente para quebrar.
Não ouvi.
O mundo girava por mim. Eu girava pelo mundo.
Não ouvi.
Oscilava entre o bom e o melhor, sem ver que realmente não tinha sentido.
Não ouvi.
Até hoje pergunto-me o que se passou.
Não os ouvi.

Um, dois, três: caí.

2 comentários:

  1. Anónimo00:56

    primeiro post! OLÁ MUNDOOOOOOOOOOOOOOOO
    ass: carnecoita

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  2. Anónimo03:53

    "Arranco os meus olhos por todas as vezes que no meio da anónima multidão te detectei, como uma flor no meio das ervas daninhas. Por todas as vezes que me perdi no teu olhar.
    Arranco os meus lábios por todas as vezes que te ofereci todo um mundo de emoções através de um simples beijo.
    Arranco o meu nariz por todas as vezes que senti o cheiro, por todas as vezes que graças ao teu odor fui levado numa fracção de segundo a ver tudo de belo que existe no mundo.
    Arranco as minhas orelhas pelas vezes que a tua voz me tranquilizou, como um bebé no útero da sua mãe.
    Arranco a minha pele por todas as vezes que me tocaste... todas as vezes que foste capaz de me fazer tremer todo por dentro com apenas um toque.
    Arranco as minhas próprias mãos por todos os centímetros do teu corpo que percorri com as pontas dos meus dedos... pelo magnetismo que emanas que faz todo o tempo do mundo tempo insuficiente para te tocar.
    Arranco as minhas pernas pelas distâncias que, mesmo doridas, percorreram tendo-te sempre como destino.
    Arranco os meus braços pelas vezes que te rodearam, pelas vezes que ajudaram a ilusão que naqueles momentos éramos um.
    Arranco o meu peito por todas as vezes que te senti perto de mim, que senti o teu peito junto do meu. Todas a vezes que senti o teu coração a bater em uníssono com o meu. Todas as vezes que junto a ti respirei o mesmo ar que tu.
    Arranco o meu cérebro pelas fantasias que tive contigo que me consumiram dias e noites. Pelas insónias... por todas as ideias tolas em que acreditei que podíamo-nos realmente tornar naquilo que toda a vida procurei.
    Olho-me ao espelho para constar o que sobrou de mim intacto, depois de arrancar tudo em mim que me fazia lembrar de algum modo todo o tempo que passei contigo. Tudo em mim que tinha sido tocado por ti.
    Pouco ficou depois de ti.
    Uma amostra apenas do que era.
    O que sou eu agora?"
    Reznor

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