sábado, 13 de junho de 2009

the first one



- Sabes aquela sensação, em que parece que só queremos mergulhar em uma e uma só dimensão? Aquele grande espaço onde tudo parece perfeito... onde a imperfeição é perfeita?
Não gostarias de pega-la, arranca-la sabe se lá de onde, colocar uma porta à tua frente, abri-la e perceber que mal se dê um passo, és leve?

- Não é difícil. Tens duas pernas, dois braços, duas mãos, uma cabeça com um cérebro. Mergulhar não é difícil.

- Por que é que é sempre tão duro? Tão estrategicamente impossível idealizar algo tão livre quando é a tua, a minha, a nossa vontade? Temos obrigatoriamente que chamar ao que queremos de ilusão ou sonho? Só porque vemos esmorecer o querer nos nossos olhos, apagado pelas idióticas palavras de alguém?

- Ainda não aprendeste nada desde que chegaste até aqui? Queres o quê? Frases feitas e tão rodadas que já se consideram vadias? Não há nada que te vá reconfortar.
Só sei que independentemente quem sejas isso nunca irá interessar. Só a tua própria estupidez é capaz de te atropelar.
Mesmo assim, tens duas pernas, dois braços, duas mãos, uma cabeça com um cérebro, sobe a escada.










coisas.