domingo, 3 de maio de 2009

Cause one day you´ve said



"Não foi isto que nos levou a lugar sem mais caminho. Chegou a altura de fazeres as pazes contigo mesmo. Prevalece sempre o que um dia nos juntou; prevalece sempre o que um dia me fizeste. Somos dois em um, somos Sol e Lua; mas nunca seremos o que quiseste. Porque? Ainda me perguntas? Foste o meu altar, beijei-te os pés até que um dia me pisaste. Quando te olhei de novo tinhas sido consumido pelo desejo da indiferença. Não se trata de perdoar, não se trata das mágoas sofridas, não se trata de nada do que se possa tratar. Ruíste como um castelo de cartas; destruíste como se nada fosse. Mesmo assim amar-te-ei."

She said.

2 comentários:

  1. Quase que não me deveria atrever a comentar este post mas, na realidade não consigo não o fazer.

    Sem dúvida um dos textos mais bonitos que li. Sem dúvida uma pessoa que sabe sentir a vida na sua plenitude. Parabéns à autora.

    São alturas como estas em que preciso de esculpir um abraço e deixar-me morrer nele.

    (Um comentário em todo o seu contexto literal e sem segundas intenções de nada. As palavras são o que são e o que nelas está escrito.)

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  2. Agnes das laranjas22:14

    "Quero ser o teu amigo. Nem demais e nem de menos.
    Nem tão longe e nem tão perto.
    Na medida mais precisa que eu puder.
    Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
    Da maneira mais discreta que eu souber.
    Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
    Sem forçar tua vontade.
    Sem falar, quando for hora de calar.
    E sem calar, quando for hora de falar.
    Nem ausente, nem presente por demais.
    Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
    É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender!
    E por isso eu te suplico paciência.
    Vou encher este teu rosto de lembranças,
    Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias..."

    Fernando Pessoa

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