quarta-feira, 10 de março de 2010

Aos balanços


Ao decorrer das horas, o formigueiro da inquietude voltava sempre à planta do pé. Não era cansaço nem stress, só a comichão do pensamento do geral perdido. Divagar no social, divagar nas relações familiares, amorosas e amigos. Buracos no tempo, lacunas no caminho, pontes ténues e escassas. É giro reviver os toques que gravaram na memória. Por mais "estranho" que possa parecer, sim ainda hoje li essa palavra, a ti te peço desculpa por dar a repulsa do mais chegado. És família, és irmã. A ti, por mais dor que me graves no dia-a-dia, por me desrespeitares, por me fazeres sofrer, por me meteres medo de ti e de mim própria, continuarei a chamar-te, de olhos fechados, pai. A ti, por não estares por perto, lamento os dias em que não consegui com que sorrisses; hoje seria diferente. A ti, pelas birras, pelas lágrimas, por me fazeres amar e sentir que há mais do outro lado, serás sempre o caminho a seguir, ídola. A ti, novelo, cresceste-me, abanaste-me, abriste-me e olhaste. São o mais próximo de mim, porém sempre longe mesmo não dando conta.
É engraçado poder contar, poder falar e gritar por e para vocês.
O meu pequeno círculo de amor.

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