domingo, 16 de janeiro de 2011

"Deixa-me dormir!"

E ela disse "Deixa-me dormir!" com aquele ar ensonado e ao mesmo tempo irritado por não perceber o porquê de a tentar acordar. Mas na realidade não a queria acordar: vê-la aninhada naqueles cobertores felpudos e edredão às riscas é vidrante, apaixonante.
Com um cabide na boca, sorrio sem pensar neste ciclo tão rápido, tão estranho, tão sufocante pelo querer perceber e ao mesmo tempo mergulhar para flutuar numa corrente leve sem destino definido.
Não quero saber do início do dia de amanhã.. sei que irá começar apaziguado pela figura que me representa. Constante. Adoro a constante de um novo dia.

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